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Número de embriões congelados no Brasil mais do que dobrou em cinco anos

Perto dos 40 anos, a atriz Paolla Oliveira revelou que decidiu congelar os óvulos para não perder a chance de posteriormente gestar um filho. Não somente Paolla, mas essa é a realidade de muitas brasileiras atualmente, reflexo disso são os dados divulgados no 12º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que listou que a quantidade de embriões congelados no país mais do que dobrou entre 2013 e 2018. O congelamento de embriões costuma ser uma continuação do processo de FIV, que cresceu 18,7% no ano passado.

O congelamento de óvulos costuma ser recomendado para mulheres a partir de 35 anos que desejam adiar por mais algum tempo a maternidade. O método consiste em preservar os óvulos e, consequentemente, a fertilidade feminina. O diretor da Fertibaby Ceará e especialista em medicina reprodutiva, Daniel Diógenes, explica como ocorre o processo. “Deve-se recorrer primeiro à fertilização in vitro (FIV) — processo em que a fecundação é feita em laboratório e o embrião resultante é inserido na mulher para ser gestado ou congelado para uma tentativa futura de gravidez. A paciente que opta pelo congelamento deve se submeter ao estímulo ovariano controlado e passar por uma punção ovariana — extração dos óvulos no interior dos folículos”, disse.

Com o número de procedimentos relacionado com o congelamento de óvulos e fertilização in vitro crescendo, consequentemente, cresce também o número de clínicas de fertilização no país. Sobre o que é permitido pelas clinicas, Daniel Diógenes ressalta que estas podem congelar espermatozoides, óvulos, embriões, fragmentos de ovários e testículos. No entanto, é preciso cuidado com a documentação. “É preciso estar atento e preencher sua vontade por escrito quanto ao destino que será dado aos embriões congelados em caso de divórcio, doenças graves ou morte de um deles ou de ambos. Recentemente, houve um problema que ganhou os holofotes sobre o tema, onde uma clínica do Brasil não pediu esse documento do casal e o marido morreu, gerando assim uma situação que foi parar na justiça”, explica.

O congelamento de óvulos pode ser feito até os 44 anos. Já os tratamentos de reprodução assistida, até 49 – conforme orientação de conselhos e sociedades de reprodução humana no Brasil e na Europa. “É ideal respeitarmos esse tempo, porque a tecnologia e a medicina podem ajudar nesse sonho, mas acompanhar o relógio biológico também é essencial”, disse Daniel.

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